A FORMAÇÃO EDUCACIONAL DO APOSTOLO PAULO

Estudar a vida da educação cristã do apóstolo Paulo deve-se levar a entender como era a sua formação intelectual. Para tanto se deve atentar para a seguinte questão: qual era a formação acadêmica de um homem que fez contribuições para o cristianismo a um nível tão elevado?

Quando é pronunciada a palavra fariseu, logo se vem à memória a palavra “falsidade” ou algo parecido. Mas a formação de Paulo foi uma formação farisaica no sentido original da palavra, que significa “separado”, era a função de Paulo ser separado para o judaísmo.

Conforme os costumes judeus da época, Paulo deve ter recebido a sua formação como judeu na casa de seus pais. Paulo era de formação judaica da tribo de Benjamin. Em seguida ele recebeu educação na sinagoga local, em Tarso, que promovia a formação básica comum aos judeus.

Paulo aos quinze anos teve de se mudar para Jerusalém, para continuar seus estudos a fim de se tornar rabi. Estudar em Jerusalém era buscar o grau mais elevado de formação acadêmica para qualquer judeu do mundo todo. 

A formação que compreendia: Aprender a ler e escrever; o estudo da lei e da história do povo; a transmissão da sabedoria, no qual era um de seus pontos fortes e isso lhe dará uma base muito sólida para a escrita de suas cartas. Da vida e das tradições religiosas; aprendizagem das orações. O método usado era o repetitivo, pergunta e resposta; repetir e decorar; insistência na disciplina e na convivência. 

Além desta formação básica, Paulo recebeu uma formação superior na cidade Jerusalém. Desde a sua juventude, estudou aos pés de Gamaliel, pois esse mestre lecionava de pé e os jovens sentados ouviam esse grande mestre lecionar (BORTOLINI, p.32, 2003).

Gamaliel foi discípulo de Hillel, ao qual foi um personagem famoso já nos tempos de Jesus, era de um caráter reflexivo e conciliador cuja corrente teológica se opunha ao rigor da lei defendido pela escola de Shammai. E essa flexibilidade e espírito de conciliação recebidos através de Gamaliel para Paulo foram importantes no modo como ele educa as comunidades que ele funda mais tarde.

Além disso, ainda em Tarso, provavelmente aprendeu a cultura grega que conhecia e usava para seus discursos, em (At:17),Quando ele debate com filósofos gregos, se vê então uma percepção da intelectualidade do apóstolo. Ele mesmo declara que foi um aluno aplicado e esforçado (Fm 3.6).

A formação teológica de Paulo é igual à dos rabinos. Ele conhecia as regras da interpretação das Escrituras. O estudo superior abrangia as seguintes matérias: 1. Estudo da Lei, chamada Torá, através de leituras frequentes, ou algo parecido.Entretanto, a formação de Paulo foi farisaica no sentido original da palavra, que significa “separado”.

Além disso, ainda em Tarso, aprendeu a cultura grega que conhecia e a usava em seus discursos. Em (At 17),Quando ele debate com filósofos gregos, percebe-se a intelectualidade do apóstolo. Ele mesmo foi um “aluno aplicado e esforçado” (Filemon 3.6).

A formação teológica de Paulo era igual à dos rabinos. Ele conhecia as regras da interpretação das Escrituras. O estudo superior abrangia as seguintes quatro matérias: 

1. Estudo da Lei, chamada Torá, através de leituras freqüentes, até conhecê-la de cor. 

2. Estudo da Halaká, isto é, da Tradição dos Antigos,A Halaká procurava regulamentar a vida do povo de acordo com a Lei. Era a chamada de Tradição Oral e tinha tanto valor e autoridade quanto o texto escrito da Lei. Paulo estudou a Halaká com fariseus e não a dos saduceus (Fm 3.5; At 23.6-8). 

3. Estudo da Hagadá, isto é, das histórias do passado, descritas na Bíblia. A maneira que se usava para lembrar e contar as histórias do passado capacitava o aluno a ler os fatos do seu tempo à luz da fé. 

4. As regras do Midrash, isto é, da interpretação da Bíblia. Midrash significa busca, do verbo darash,ou seja: buscar. Indica a busca no sentido de que a Sagrada Escritura na vertente da educação cristã tem para a vida  das pessoas.

"QUEM NÃO SENTA PARA APRENDER, NÃO PODE LEVANTAR PARA ENSINAR".

POR: ARNOLLD STARLLEY